“- Só sei mentir.
- Não é importante. Todos nós mentimos uma vez por outra.
- Só aprendi a mentir durante toda a minha vida. Os outros têm uma concepção de verdade a que sou alheio. Mentir, no fundo, não é fugir à verdade. É fugir à realidade. A realidade é-me insuportável. E tenho de suportar o insuportável, mentindo.”
BAPTISTA-BASTOS (Armando Baptista-Bastos), jornalista e escritor português (1934-2017), in “Um homem parado no inverno”, Edições «O Jornal», 1991
Um livro 📖 para ler novamente no inverno ❄️
ResponderEliminarSaudações da ilha antes do regresso a casa 🏡
As palavras de hoje podiam ter saído da boca 👄 da minha mãe.
ResponderEliminarAcredito que seja um livro super interessante de ler.
ResponderEliminar.
Um dia feliz … cumprimentos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
Uma pétala um tanto ou quanto esquisita, Teresa, mas é claro que só aprendemos a mentir durante toda a nossa vida. Eu, por, exemplo aprendi a mentir quando, por algum motivo, tinha de fugir " à relalidade " de levar umas valentes palmadas dos meus pais se contasse a verdade. Depois, era mais um pecadinho que acrescentava à lista dos pecados a dizer ao padre; eramos crianças, a confissão tinha de ser feita com frequencia e " cadê os pecados???" Mentir, desobedecer, bater nos coleguinhas eram para nós os pecados ditos veniais, pois, para os capitais eramos muito inocentes ainda.Dizer uma mentirinha de vez em quando, claro que digo, principalmente para não ver" a cara feia "do meu marido Temos que ser espertas, não é verdade, Amiga do coração? Um abraço do tamanho do mundo, arregadinho de amizade e aqui, não há mentira nenhuma
ResponderEliminarEmília
Quem não suporta a realidade mentindo, não é um mentiroso. Tem um adjectivo bem mais vergonhoso!
ResponderEliminarQuem usa a mentira, não apenas mente, perde o respeito por si próprio!
Um beijo Teresa!
Um tema pra sacudir cada um de nós, que achamos sempre dizer verdades, mas por certo, vez ou outra, se formos sinceros de fato, mentimos, mesmo que seja para o que supomos ser, uma "nobre causa" tipo, não magoar o outro.
ResponderEliminarMas convenhamos... viver de mentiras é prisão, é triste demais, mas entendo que tem quem não suporte a verdade e nem suporte a própria realidade. Daria muita conversa, este interessante tema trazido na Pétala de hoje. Com certeza, deve ser um ótimo livro.
Beijinhos
Valéria
Interessante. Um trocadilho que gostei :))
ResponderEliminar*
Enquanto a solidão me perseguir...
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Votos de um dia feliz. Beijos
Palavras de um homem imaginativo, original, polémico... simpático.
ResponderEliminarFaço minhas as palavras do Luís.
EliminarMuito curioso este excerto do romance de Batista Bastos.
ResponderEliminarDe facto, pensando bem, tem o seu quê de lógico.
Porque há supostas verdades, que não passam de mentiras. Porque uma mentira repetida muitas vezes, transformar-se numa falsa verdade.
Gostei muito desta Pétala, amiga Teresa.
Feliz dia!
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Há assim mentiras, mitigam.
ResponderEliminarBaptista Bastos sabia que estava produzindo uma pétala certeira. Na verdade, nunca menti a mim mesmo!
ResponderEliminarIsso é mentira piedosa, é outro tipo de mentira, a mentira aceitável.
ResponderEliminarBeijo