"Salvar qualquer coisa do tempo onde não voltaremos a estar." - (2)
(Annie Ernaux, in "Os Anos")
1950, 1960, 1970, 1980...
"O progresso era o horizonte de todas as existências."
"As pessoas afirmavam «isto está a mudar» ou «é preciso não embrutecer, se ficamos em casa ficamos estúpidos."
"Queixávamo-nos aos pais, «nunca vamos a lado nenhum!», e eles respondiam admirados «Onde é que queres ir, não estás bem aqui?»"
“Pensar, falar, escrever, trabalhar, existir de outro modo: julgávamos não ter nada a perder por experimentar tudo.”
"Tudo o que era ligeiro, frívolo, instantâneo, estava na moda."
“Centro Comercial… lugar mais importante das nossas vidas, o da inesgotável contemplação dos objetos, do gozo sereno… lugar de emoções rápidas e incomparáveis, curiosidade, surpresa, perplexidade, inveja, desgosto – de lutas rápidas entre as pulsões e a razão."
"Recordávamos a crítica dos nossos pais: «E não te chega para seres feliz tudo aquilo que tens?»
Prémio Nobel de Literatura, 2022
(Frases soltas encontradas nas 196 páginas do livro.)
(fotos net)