“Todo aquele que alguma vez tenha tentado escrever um romance sabe que é uma árdua tarefa e, sem dúvida, uma das piores formas de auto-subsistência. Durante todo esse tempo, é preciso permanecer fechado em si mesmo, como numa cela individual, na mais completa solidão. Vive-se uma psicose controlada, uma mistura de paranoia e obsessão, compelidas a trabalhar em conjunto; a escrita não precisa de penas de ganso, nem crinolinas sob as saias, nem de máscaras venezianas que tanto lhe associamos e, isso sim, de aventais de açougueiro, botas de borracha e, na mão, uma faca para estripar.”
OLGA TOKARCZUK, psicóloga e escritora polaca (1962-), in “Viagens”, Ed. Cavalo de Ferro, 2019
Prémio Nobel de Literatura, 2018
O trabalho literário.
ResponderEliminarDuro e só ao alcance de alguns.
Beijo, bfds
Bom dia de sábado, querida amiga Teresa!
ResponderEliminarCreio que todo processo dolorido aqui muito bem metaforizado sirva para um bom livro escrito independente do estilo. Entretanto o romance tem suas peculiaridades...
Gostei muito da catarse que e tecida para que a composição aconteça.
Tenha um ótimo final de semana abençoado!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem